sábado, 29 de maio de 2010

Fotos e Video enfim juntos...

Cientista-chefe da Sony prevê: fotografia e vídeo serão uma coisa só

A divisão de semicondutores da Sony publicou um relatório técnico que foi apresentado pelo vice-presidente Tomoyuki Suzuki numa conferência internacional em fevereiro nos EUA. O tema da apresentação era “Desafios no Desenvolvimento de Sensores”. Suzuki descreveu a história do sensor digital até hoje e também as metas para o futuro, dando um vislumbre claro do caminho que a companhia pretende seguir para seus produtos. Eis, resumidamente, os principais pontos.

A meta com os sensores CCD era ultrapassar a qualidade do filme

Tomoyuki Suzuki trabalha no desenvolvimento de sensores de imagem para a Sony desde 1979. Em entrevista, ele descreveu sua entrada na companhia: “Eles me mostraram protótipos da Mavica (pioneira câmera eletrônica que gravava a imagem em disquete) e disseram assim: ‘Você vai desenvolver CCDs para essas câmeras. E o seu rival é o filme’.”
Segundo a Sony, os sensores para câmeras digitais e vídeo 
convergirão, possivelmente juntando ambos os gadgets num só. No futuro, o
 consumidor não compraria uma máquina fotográfca mais uma filmadora, e 
sim apenas um "dispositivo de captura de imagens".
Segundo a Sony, os sensores para câmeras digitais e vídeo convergirão, possivelmente juntando ambos os gadgets num só. No futuro, o consumidor não compraria uma máquina fotográfca mais uma filmadora, e sim apenas um " dispositivo de captura de imagens".
A tecnologia CCD foi inventada em 1969 na Bell Labs e desde então sua evolução pode ser explicada em termos da diminuição do tamanho do pixel na superfície do sensor, resultando em resoluções cada vez mais altas, com um incremento de cerca de 2 megapixels por ano ao longo dos últimos 15 anos. A superfície do pixel diminuiu 100 vezes desde 1987, com um aumento correspondente no rendimento, graças a técnicas de construção mais refinadas. O ponto alto do desenvolvimento dos CCDs para câmeras foi o lançamento em 1999 dos sensores para DSLRs usando o formato APS-C, que tem 13 vezes mais área de superfície que o típico sensor de câmera compacta, possibilitando finalmente superar as características de captura do filme 35mm. Desde então, o mercado de DSLRs não para de crescer; estima-se que 10 milhões delas serão vendidas em 2010. Hoje, a Sony é a maior fabricante de sensores do mundo e atua como fornecedora de componentes para várias empresas fotográficas.

A meta com os sensores CMOS é ultrapassar a visão humana

Essa tecnologia possui vantagens de implementação em relação aos CCDs e é hoje usada em câmeras avançadas e câmeras de celulares. A principal vantagem é a velocidade de leitura da imagem, permitindo a criação de câmeras que capturam ao mesmo tempo vídeo e fotos de alta qualidade. Novos sensores Exmor R com a exclusiva tecnologia de retroiluminação permitem usar lentes com maior abertura, proporcionando grande aumento na sensibilidade.

Futuro dos sensores de imagem digital: enxergar o que o olho não vê

A Sony espera que os sensores do futuro vençam as limitações do olho humano para produzir imagens “imaginadas” e não apenas “vistas”, livres das limitações atualmente impostas pela luz disponível e pelo tempo de exposição.
Tecnicamente, a meta atual é captura a uma taxa de 1000 imagens por segundo, sob iluminação abaixo de 0,1lx (equivalente a uma noite de lua cheia), com resolução de 4Kx2K (3840×2160 = 8,2 megapixels). Essas características técnicas extremamente ambiciosas são o que permitirá a fusão total da câmera fotográfica e da filmadora num só aparelho que seja acessível para o consumidor.
Além disso, os engenheiros da Sony já desenvolveram um sistema de imagem 3D que usa uma lente especial combinada a um par de sensores. A intenção agora é conseguir gerar imagens 3D com um único sensor, o que tornará possível produzir câmeras 3D para o mercado consumidor de massa.
O projeto mais exótico da empresa é a criação de um sensor esférico que siga de perto o desenho de um olho humano. A tecnologia existente de sensores retroiluminados de finíssima espessura permitirá que eles ganhem superfícies curvas, permitindo a captura de imagens grande-angulares usando um conjunto óptico muito mais simples que as objetivas atuais.

 

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